“A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.” É o que está positivado em nossa Constituição Federal no seu artigo 13! Nossa língua é um elemento da nossa identidade cultural, é o que nos identifica como nação, como brasileiros.
Mas a língua também revela nossa origem, nosso passado. Nos faz entender também o “hoje”, o que somos.

Por sinal, é um elemento comum não só dos brasileiros, mas de todos os países irmãos cuja língua é a Portuguesa. Por isso temos um compromisso com as nações irmãs, especialmente de bem cuidar da língua que nos une em laços de fraternidade. Nessa esteira, concretamente, as normas que regem nossa língua são consequência de um compromisso que o Brasil assumiu internacionalmente com outras seis nações lusófonas: o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, assinado em Lisboa. No Brasil, o referido acordo foi recepcionado pela legislação em virtude do Decreto 6.583 de 2008, da lavra do ex-presidente Luis Inácio da Silva.

No entanto, mais que um dever legal, é um dever moral de nós brasileiros para com nossa história, com nossa Pátria Mater e nações amigas, mas sobretudo com a identidade cultural das futuras gerações, preservar nossa língua como elemento identitário, que nos faz entender quem somos. Não podemos rasurar nossa identidade à mercê das vontades de movimentos ideológicos que procuram criar falsas narrativas, além de dividir e conflitar os brasileiros. Somos um só povo, com uma só língua que nos une e não nos divide, assim como nos unem nossos símbolos nacionais: a bandeira e o hino.

Hoje querem lesionar nossa língua, amanhã vão querer, sob falso pretexto, danificar nosso Hino Nacional, como já quiseram fazer com o Hino do nosso Estado do RS. Não se surpreendam que, na lógica dos defensores destas doutrinas materialistas, logo haverá a proposta de trocar as cores da bandeira do Brasil sob o álibi de ser mais “inclusiva”. Ou ainda, mudar a letra do Hino Nacional para retirar o “verde-louro” ou, ainda, para incluir o pseudodialeto neutro quando diz que os filhos, filhas e “filhxs/filhes/filh@s” não fogem à luta!

Diante de tal desconstrução que querem fazer em tudo no Brasil, não só da língua, é que reagimos (como milhares de brasileiros), para defender o ensino da língua na forma que não rotula em grupo os brasileiros, mas que serve para todos (o todos já está na terminologia neutra). Se assim não for, daqui a pouco vamos ter outros grupos que vão querem avocar o mesmo direito de modificar a língua, bandeira, hino, etc. Ambientalistas querendo tirar o amarelo da bandeira, internautas querendo a aceitação das abreviações “pq”, “vc”, “td” como aceito ortograficamente, os pais querendo ser incluídos juntos com as mães gentis no hino, e assim por diante. Minha responsabilidade é a defesa dos valores imateriais e princípios que não devem mudar. Conservar o que é preciso. E nossa língua deve ser protegida da atuação das ideologias inimigas do Brasil e dos brasileiros.

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